Na imprensa nacional: Como lidar com a ansiedade em tempo de pandemia?
A minha rúbrica desta semana no Jornal de Noticias é dedicada à ansiedade.
Nunca o termo ansiedade foi tão usado quanto na atual pandemia.
Na verdade, todos já experienciamos ansiedade em algum momento da nossa vida. A sua função natural é a de alertar sobre ameaças iminentes e responder-lhes de forma adequada. Em quantidade certa ajuda a um melhor desempenho, foca a nossa atenção e estimula a ação e a criatividade.
Mas há outro lado da ansiedade. A ansiedade que é desadequada, que causa angústia e, na pior das hipóteses, culmina numa perturbação, como perturbação de pânico e fobias.
Na perturbação de ansiedade, sintomas como irritabilidade, dificuldade de concentração e nervosismo, tornam-se persistentes e comprometem a capacidade de realizarmos a nossa rotina. Muitas pessoas também têm sintomas físicos, como palpitações, sudorese, tensão muscular ou náuseas.
Na situação atual, a ansiedade pode causar pensamentos negativos constantes, sensação de perigo iminente, desamparo e foco excessivo nas notícias, o que pode provocar mais ansiedade.
Como lidar com a ansiedade:
- Fale com alguém em quem confia e diga-lhe as suas preocupações e como se sente. Apoie alguém que esteja na mesma situação.
- Faça uma lista de tarefas e organize as suas atividades diárias.
- Foque-se naquilo que pode controlar (ex. higiene, distanciamento, uso de máscara).
- Reserve tempo para descontrair e fazer atividades que lhe deem prazer (como dançar, pintar, ver séries ou filmes, escrever ou cozinhar)
- Cuidar do seu corpo é cuidar da sua mente: coma de forma saudável e faça exercício físico regularmente. Cuide do sono e evite álcool e outras drogas.
- Peça ajuda profissional se necessário, especialmente se a ansiedade for persistente e excessiva, se o impedir de funcionar e se sentir que está a perder o controlo.
Lembre-se: não há saúde sem saúde mental.